Caminhos

   Antes de me perguntar quem sou, me pergunto se chego a ser.Penso, sinto, ajo e todas as minhas ações marcam o meu redor.O que vejo a minha volta é conseqüência do que sou, mas o que sou?
   Meus sentimentos são influenciados pelas pessoas ao meu redor.Minha opinião é influenciada pelas noticias e informações a minha volta.Como posso dizer que penso por mim mesma se meu pensamento é conseqüência das noticias que ouço, da cultura que participo, da opinião de segundos influenciada por outros num total caos que perdeu toda sua singularidade.As pessoas, as informações e crenças que fazem parte do lugar em que vivo me formaram, mas são apenas a superfície, as mãos de uma sociedade que me moldou, a minha essência, quem sou se perdeu em algum ponto do meu processo de criação.
   O primeiro homem em toda sua confusão física e psicológica, foi o único a estar mais próximo da clareza de si mesmo.Enquanto vivo na ilusão de existir , quando na verdade, eu mesma já não existo.Se querem meu nome, se querem meus defeitos e qualidades, meus gostos e desgostos a questão deveria ser outra, isso não é o que sou é o que fizeram de mim, é o que a sociedade impôs sobre mim, é o que a consciência de outros e a minha própria se obrigou a criar.
  Restam dois caminhos que finalizam a minha busca por mim mesma.Trilhar rumo a minha essência, talvez inexistente.Ou, como tantos, me contentar em ser apenas traços de uma sociedade composta por vestígios.

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